Marcas de consumo como Nike, Adidas e Puma enxergam grandes oportunidades de crescimento na recente valorização do streetwear. De repente, elas não são apenas marcas de roupas esportivas: são referências de alta moda, abrindo as portas para o que é considerado estiloso.
Essas marcas também sabem que os “sneakerheads” (pessoas viciadas na busca por itens exclusivos) esperam horas em frente a uma loja para comprar um produto de edição limitada.
A ascensão do “athleisure” (uma mistura entre as palavras “roupas de academia” e “vestuário casual”, em inglês), juntamente com a influência de celebridades nesse fluxo da moda, incentivou ainda mais essas marcas a se aprofundarem no visual do streetwear que mistura moda e casualidade. Isso contribui para uma indústria de streetwear avaliada em mais de US$ 347 bilhões.
Definição e estatísticas do mercado de streetwear
Streetwear é um tipo de vestuário casual muito influenciado pela cultura popular. É uma mistura eclética de roupas da cultura hip-hop de Nova York e da moda de skate da Califórnia, que se popularizou na década de 1990.
Hoje, o streetwear domina as redes sociais. Contribuiu para uma indústria global de streetwear que representa cerca de 10% da indústria global de calçados e moda.
O crescimento do mercado de streetwear não mostra sinais de desaceleração. Especialistas preveem que a indústria será avaliada em US$ 637 bilhões até 2032, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,89%.
Por quê? Porque os clientes gastam muito em streetwear.
- 45% dos clientes compram itens de streetwear pelo menos uma vez por mês.
- Os consumidores relataram gastar até cinco vezes mais por mês em streetwear do que em roupas que não são streetwear.
- Entre US$ 100 e US$ 300 é o preço ideal para itens de streetwear, com 56% dos consumidores gastando essa quantia em um único item de streetwear.
Tênis são o produto de streetwear mais destacado, com 62% dos consumidores escolhendo calçados como o item que mais provavelmente comprariam. Outros itens populares de streetwear incluem camisetas oversized, moletons e calças jogger.
Diferente do varejo de luxo tradicional, comprar streetwear envolve tanto conhecimento cultural quanto renda disponível. O Relatório de Impacto do Streetwear observa que 70% dos clientes de streetwear valorizam o compromisso das marcas com questões sociais, com 59% priorizando o ativismo da marca. Além disso, 47% indicaram que provavelmente deixariam de comprar de marcas cujos representantes se comportam de maneira inadequada.
Qual é o público-alvo do marketing para marcas de streetwear?
Os compradores de streetwear tendem a ser da geração millennial ou da geração Z e têm alguma renda disponível. Geralmente, são profissionais que não têm filhos ou hipotecas para se preocupar e viveram a maior parte da vida on-line.
Um relatório da Hypebeast confirma isso:
- três quartos dos clientes de streetwear têm 25 anos ou menos;
- 70% dos clientes de streetwear relatam uma renda anual de US$ 40 mil ou menos e gastam entre US$ 100 e US$ 500 por mês em streetwear;
- quase um quarto dos clientes compra um item de streetwear porque é um símbolo de status.
Kristen Classi-Zummo, analista da indústria de vestuário da NPD, disse à Vogue Business que “a geração Z quer um short de bicicleta que possa usar tanto no aeroporto quanto no brunch, mas também está buscando que ele a mantenha fresca e fique no lugar”.
Graças à democratização das redes sociais, todos sabem que uma camiseta legal é cara ou que um par de fones de ouvido custa US$ 3 mil. O crescimento do setor de tecnologia e a diminuição dos setores tradicionais que empregam jovens também indicaram que roupas inteligentes, expressivas e casuais agora são mais aceitas no local de trabalho.
Plataformas de comércio social como TikTok e Instagram dominam as estratégias de marketing de muitas marcas de streetwear por essa razão. O usuário comum de ambas as plataformas é um consumidor da geração Z que cresceu em um mundo digital hiperconectado onde curtidas são uma moeda normalizada.
Os compradores de streetwear apresentam hábitos de compra diversos, mas preferem mais canais diretos. De acordo com a Hypebeast, 53% dos consumidores preferem comprar em lojas físicas de marcas enquanto 42% preferem os sites de e-commerce das próprias marcas. Isso destaca o desejo da geração Z e dos millennials por interações exclusivas e diretas em vez de compras por meio de varejistas multimarcas ou redes sociais.
10 ideias e estratégias de marketing para marcas de streetwear
- Venda o estilo de vida, não o produto
- Construa uma comunidade
- Tenha parcerias com criadores de streetwear
- Colabore com outras marcas
- Misture canais de varejo on-line e off-line
- Experimente o metaverso
- Gere a sensação de escassez com lançamentos de produtos
- Priorize a sustentabilidade
- Brinque com a nostalgia
- Lance drops de experiências
1. Venda o estilo de vida, não o produto
Quando você trabalha para uma empresa de streetwear, é fácil se perder nos detalhes minuciosos do seu produto. Afinal, você se orgulha de cada item e eles tendem a esgotar.
Mas os clientes de streetwear nem sempre compram itens individuais por causa de especificações impressionantes. As pessoas os compram para se encaixar na cultura streetwear; um movimento de estilo de vida onde roupas confortáveis e despojadas são um símbolo social.
Maniere De Voir é uma marca de streetwear que adotou essa abordagem em uma campanha de marketing. Entre publicações no Instagram que mostram produtos, eles publicam vídeos curtos que vendem o estilo de vida que o público-alvo deseja criar.
Esse reel do Instagram, por exemplo, apresenta um design de interiores “aconchegante” e “minimalista” (duas palavras que os clientes usariam para descrever a imagem da marca).
Incorpore isso em sua estratégia de marketing de marca de streetwear criando uma identidade mais ampla em torno da sua marca de roupas.
Quais palavras os clientes usariam para descrever seus itens de streetwear? Como é a vida dos sonhos deles? Direcione suas campanhas de marketing em torno das respostas para vender o estilo de vida que eles desejam criar usando suas roupas.
2. Construa uma comunidade
As raízes da cultura comunitária do streetwear remontam a fóruns on-line de nicho como NikeTalk, BapeTalk e Strictly Supreme. Embora esses fóruns iniciais tenham diminuído, a ética comunitária persiste em plataformas como Instagram, impulsionando a lealdade à marca por meio de conexões culturais compartilhadas e inspiração entre pares.
Conecte-se com essas comunidades quando você estiver:
- buscando novas ideias de produtos;
- coletando conteúdo gerado pelo usuário (UGC) para campanhas de marketing;
- dando aos fãs leais acesso prioritário exclusivo a lançamentos de produtos.
A marca de streetwear Charlie Hustle é um varejista que utiliza a abordagem da comunidade local para impulsionar a lealdade do consumidor. O slogan é “faça o bem, sinta-se bem, vista-se bem” (um lema que a marca ajuda seu público a alcançar por meio do programa Communi-TEES).
Consumidores na área de Kansas City podem doar para instituições de caridade locais por meio de qualquer compra que realizam na loja direta ao consumidor da marca.
3. Tenha parcerias com criadores de streetwear
A geração Z, nativa digital, depende fortemente da influência das redes sociais ao determinar quais produtos comprar.
Para a maioria dos clientes de streetwear, as redes sociais são a principal fonte de inspiração. Supera a rua, o boca a boca e publicações de moda.
Isso faz sentido—os hábitos de compra da geração Z são radicalmente diferentes dos de gerações mais velhas. Dados compilados no Relatório de Preferências do Consumidor para 2025 descobriram que quase 80% da geração Z e dos millennials usam redes sociais para fazer compras.
Mas uma simples estratégia de marketing nas redes sociais não é suficiente. Embora a Hypebeast tenha encontrado que a maioria dos consumidores usa as redes sociais como fonte de informação, apenas 31% consideram a presença de uma marca nas redes sociais um fator importante.
Além disso, com plataformas como TikTok permitindo que todos sejam criadores, as marcas de moda podem aproveitar a natureza social do streetwear enquanto publicam o conteúdo gerado pelo usuário em que seus públicos confiam.
4. Colabore com outras marcas
As marcas de streetwear estão se aproveitando de oportunidades de comarketing como uma forma de se destacarem em um mercado saturado.
Alex Danco, da Shopify, afirma que “a maior oportunidade que passa despercebida é a colaboração. É a melhor maneira de aumentar o número de compradores que conhecem e se importam com você de uma maneira que transforma vocês não em concorrentes, mas em cooperadores, e talvez até em aliados e amigos”.
Identifique marcas que compartilham seu público. As melhores colaborações são entre duas marcas que compartilham valores de marca e demografia de clientes sobrepostos, sem serem concorrentes diretas.
Alex acrescenta que “a colaboração é realmente a maneira mais vantajosa para que as duas encontrem novos públicos de uma forma que não dilui suas marcas”.
Puma, a marca de roupas esportivas que se tornou streetwear, leva isso ao extremo com sua parceria com Dua Lipa. A cantora, conhecida por seu estilo casual, lançou uma coleção de edição limitada com a marca. Ambas as partes interagiram no Instagram para fortalecer a parceria e entusiasmar ambas as bases de clientes.
O elemento dos tênis é uma colaboração bem interessante. Hypebeast relata que os tênis são o produto de streetwear mais popular, mas que esse mercado também é um dos mais saturados.
Como Zofia Zwieglinska, repórter de moda internacional da Glossy, diz: “a maioria das marcas dedica uma parte da coleção ao streetwear, e os tênis em particular. As ligações com arte e música continuam: da parceria Nike x RTFKT com Takashi Murakami à colaboração da Tiffany com Basquiat e Beyoncé.”
“No entanto, os tênis e o streetwear atingiram um ponto de saturação; os diferenciais agora estarão com marcas que podem evoluí-lo para atender a um novo tipo de cliente.”
5. Misture canais de varejo on-line e off-line
A geração Z usa as redes sociais para pesquisar marcas com mais frequência do que mecanismos de busca, e as redes sociais estão impulsionando o tráfego nas lojas (e as vendas subsequentes) para muitos varejistas de streetwear.
Mais da metade dos clientes afirmam que são mais propensos a comprar itens de streetwear em uma loja física da marca, seguidos por 42% que acessam o site de e-commerce do varejista. Esta é a razão pela qual 60% dos varejistas afirmam que as lojas principais são uma parte fundamental da estratégia de marca.
A marca britânica de streetwear Corteiz dominou essa estratégia de marketing on-line para off-line. A presença da marca nas redes sociais impulsiona o comércio presencial com lançamentos de produtos sensíveis ao tempo em locais específicos de Londres.
A publicação no Instagram a seguir, por exemplo, incentivou os seguidores a visitarem o estande de mercado da marca com 99p em troco exato para comprar suas calças cargo black-out. O estande ficou aberto por apenas duas horas, e as coordenadas para o local foram divulgadas apenas algumas horas antes do início do evento.
A natureza viral dos lançamentos de produtos presenciais da Corteiz ajuda a construir uma base de fãs dedicados que desejam fazer parte da comunidade da marca. Tanto que as pessoas documentam tentativas de localizar os locais de lançamento de produtos da Corteiz no YouTube e no TikTok (uma ideia de marketing de marca de streetwear que faz com que os clientes façam o trabalho de gerar expectativa em torno dos lançamentos de produtos).
6. Experimente o metaverso
Com os clientes desejando experiências das marcas de streetwear com as quais interagem, o metaverso (uma experiência virtual em 3D onde os clientes podem jogar, comprar e interagir com outras pessoas) está rapidamente se tornando um elemento essencial em muitas estratégias de marketing.
A varejista de tênis alemã Flowers For Society é uma marca que se concentra fortemente em experiências no metaverso. O primeiro lançamento de produto da marca, que estava disponível apenas por pré-venda, vinculou cada item a um token não fungível (NFT) exclusivo.
Os clientes ganharam acesso à própria comunidade de metaverso da marca, desbloqueando acesso exclusivo a futuros lançamentos de produtos, roupas de edição limitada e colaborações exclusivas.
7. Gere a sensação de escassez com lançamentos de produtos
A exclusividade é um elemento importante para os fãs de streetwear.
Zofia, da Glossy, diz: “Marcas nativas digitais precisam se concentrar em como os clientes de streetwear interpretam o valor de maneira diferente em relação a outros clientes. Aspectos como raridade, colecionabilidade e valor cultural mais amplo importam mais para esses clientes, assim como o engajamento com a comunidade da marca”.
Dois terços das marcas de streetwear pesquisadas pela Hypebeast descreveram o modelo de drops como importante para os negócios. Ele capitaliza sobre a raridade, colecionabilidade e valor cultural, tornando os produtos de streetwear limitados em tempo ou quantidade.
A marca de streetwear Live Fast Die Young utiliza o modelo de drops para impulsionar campanhas nas redes sociais. No Instagram, a varejista provoca regularmente novos lançamentos de produtos, como a nova coleção de 54 peças. Os clientes lotam a seção de comentários para expressar a expectativa.
Maksim Telkov, gerente de e-commerce da Live Fast Die Young, acrescenta: “com nossa estratégia de drops de produtos, sempre tivemos problemas com pedidos excessivos ou pagamentos que não eram processados. Com a Shopify, esses problemas foram resolvidos de uma vez”.
Use a funcionalidade de pré-venda da Shopify para criar páginas de produtos e capturar leads antes que o produto seja colocado à venda. Você poderá receber pagamento total, parcial ou nenhum dos clientes e definir expectativas sobre quando o item será entregue.
Se eles não comprarem desta vez, uma série de marketing por e-mail automatizada pode converter assinantes em clientes pagantes. Envie um e-mail para assinantes quando o produto for lançado. É uma maneira infalível de chamar a atenção deles em vez de depender de uma publicação nas redes sociais que pode se perder em um feed lotado.
8. Priorize a sustentabilidade
A sustentabilidade é mais do que uma palavra da moda para os consumidores modernos. McKinsey relata que dois em cada três clientes acreditam que a sustentabilidade é um fator importante ao comprar roupas.
Os clientes têm a mesma abordagem em relação à sustentabilidade ao adquirir streetwear. A maioria dos consumidores disse que questões sociais eram importantes para eles, com o ativismo da marca desempenhando um papel nas marcas de roupas com as quais os consumidores escolhem se conectar.
Ryan Wood, cofundador e diretor criativo da Coney Island Picnic, diz que a marca priorizou a sustentabilidade em sua missão de acompanhar as preferências dos consumidores: “Cerca de um ano atrás, nossa marca tomou a decisão consciente de mudar a fabricação de todas as camisetas e moletons para serem fabricados com algodão orgânico, sem aumentar o preço para os clientes.”
Esse compromisso com a sustentabilidade está profundamente enraizado em todos os aspectos da estratégia de marketing da marca. A Coney Island Picnic exibe uma categoria “sustentável” na navegação de e-commerce, produz vídeos curtos no TikTok para explicar a missão da marca e destaca como os produtos são feitos com algodão orgânico nas descrições dos produtos.
Ryan diz: “como sabemos, a trajetória atual da indústria da moda rápida não se sustentará por muito mais tempo, e muitos consumidores querem evitar fazer parte do ciclo de desperdício. Portanto, mais consumidores estão prestando atenção em varejistas sustentáveis em quem podem confiar e se tornando clientes recorrentes”.
Se você não está em posição de tornar seus produtos mais sustentáveis, não tente enganar seus clientes. O greenwashing—termo usado para descrever marcas de roupas que exageram seu papel em tornar seus negócios mais sustentáveis—não é aceito pelos clientes da geração Z.
Você pode fazer pequenas mudanças para provar que sua marca de streetwear está se movendo na direção certa, sem precisar reestruturar toda a sua estratégia logística ou cadeia de suprimentos.
O app Shopify Planet, por exemplo, faz uma pequena contribuição para o Fundo de Sustentabilidade da Shopify. Esse fundo retira dióxido de carbono da atmosfera e torna o envio neutro em carbono.
9. Brinque com a nostalgia
A geração Z teve que prosperar em condições econômicas difíceis. Relatam taxas mais altas de ansiedade, depressão e estresse do que qualquer outra demografia, muitas vezes recorrendo à nostalgia como uma fuga temporária da vida normal.
O Business Insider relata que a tendência da nostalgia está sendo impulsionada por essa geração. No artigo, Krystine Batcho, professora e psicóloga do Le Moyne College, diz: “para muitas pessoas, especialmente jovens adultos ou aqueles sem uma rede de segurança financeira, as más condições econômicas aumentam os medos de não conseguir cumprir obrigações financeiras como aluguel ou pagamentos de dívidas estudantis”.
Hashtags relacionadas como #nostalgia e #Y2K sempre estão em alta no TikTok, cada uma acumulando bilhões de visualizações. As marcas de streetwear estão aproveitando essa nostalgia para se conectar com os consumidores da geração Z. Mauv Studio, por exemplo, lançou uma marca inteira que reflete a estética Y2K.
10. Lance drops de experiências
Os lançamentos de experiências amplificam a exclusividade do streetwear. Supreme e marcas de luxo como Dior e Burberry adotaram o modelo de drops, limitando a disponibilidade de produtos para aumentar a desejabilidade. A Hypebeast observa que 66% dos respondentes da indústria de streetwear veem o modelo de drops como essencial para sua estratégia.
Corteiz criou um grande burburinho com um evento de pop-up DA GREAT DENIM EXCHANGE no Brooklyn. O fundador Clint Ogbenna, conhecido simplesmente como “Clint”, anunciou o evento apenas 24 horas antes no Instagram.
As pessoas foram até lá para trocar jeans de marcas populares (Levi’s, True Religion, Carhartt etc.) diretamente do corpo por um par gratuito de jeans da Corteiz. A tática foi coberta por veículos como a GQ e rendeu centenas de milhares de visualizações nas redes sociais, tornando-se uma grande vitória para a Corteiz.
Clint apareceu no evento, interagindo pessoalmente com os participantes e distribuindo notas de dólar numeradas individualmente como ingressos. Os jeans trocados foram posteriormente doados a instituições de caridade para jovens, adicionando uma dimensão de impacto social.
Exemplos de marketing para marcas de streetwear
Supreme
A marca de Nova York Supreme é muito respeitada pela influência na cultura streetwear. O que começou como uma loja de skate em Manhattan se transformou em um negócio adquirido por US$ 2,1 bilhões pela VF, a empresa-mãe da VANS.
Cada novo produto é associado a um lançamento sensível ao tempo disponível apenas em uma das 11 lojas de varejo. Mas você precisa de um convite para chegar lá, e há um limite de uma compra por pessoa. Apenas os clientes na lista de e-mails da Supreme recebem o “bilhete dourado” (um convite para se juntar às centenas de pessoas que fazem fila ao redor do quarteirão para colocar as mãos em um drop da Supreme). E se quiserem mais de uma peça, precisarão trazer um amigo.
A Bathing Ape (BAPE)
O fundador da icônica marca de streetwear A Bathing Ape (BAPE), o artista japonês Nigo, intencionalmente produziu uma quantidade limitada de mercadorias quando começou no início dos anos 1990, porque sabia que o desejo por exclusividade ajudaria a marca dele a crescer.
HighSnobiety relata que “Nigo começou com um orçamento apertado e só podia produzir cerca de 50 camisetas por semana, mas também não gostava da ideia de todo mundo usar a mesma coisa”.
Além de seu modelo de drops, a BAPE fez com que celebridades usassem os produtos para criar expectativa e estabelecer o símbolo social que muitos clientes de streetwear aspiram. Estrelas do hip-hop como The Notorious B.I.G e Pharrell já usaram produtos da BAPE, com Soulja Boy até mesmo fazendo um rap com o verso “Eu consegui alguns Bathing Ape” no hit Crank That, que foi disco de platina três vezes.
Culture Kings
A varejista australiana de streetwear Culture Kings é conhecida pela experiência de compra. Em vez de permitir que os compradores naveguem passivamente pelos itens, as lojas oferecem uma verdadeira experiência comunitária.
As atividades não relacionadas às compras incluem:
- um DJ;
- uma quadra de basquete;
- uma barbearia dentro da loja;
- “Vault” (uma seção que vende seus produtos de streetwear mais raros e exclusivos);
- aparições de celebridades de atletas, músicos e celebridades que endossam a marca.
A Culture Kings recorreu à Shopify com o objetivo de imitar essas experiências em loja para compradores globais on-line. Eles personalizaram a vitrine para exibir listagens dinâmicas e personalizadas de produtos com uma página “Shop the Look”. Qualquer um que visualizasse o conteúdo da marca nas redes sociais poderia facilmente comprar os produtos mais recentes por meio desta página de destino.
Simon Beard, cofundador da Culture Kings, disse: “a Shopify realmente nos permitiu focar mais em nosso lado artístico em vez de ficarmos atolados na parte científica, que não era nosso forte. Ela realmente nos permitiu escalonar, sabendo que tínhamos essa plataforma que entregava, que podia crescer conosco”.
Off-White
A Off-White se diferencia de outros players do streetwear ao fazer a ponte entre marcas de luxo e a cultura pop. O fundador e ex-diretor artístico da Louis Vuitton, o falecido Virgil Abloh, fundou a empresa em 2012 sob o nome original Pyrex Vision.
De acordo com Front Office Sports, a Off-White surgiu como resultado da abordagem de 3% de Abloh: a ideia de que um novo design poderia ser criado com apenas uma diferença de 3%.
Parte dessa diferenciação inclui ironia (um senso de humor com o qual os consumidores da geração Z podem se identificar). Muitos dos produtos de streetwear da Off-White afirmam claramente o uso de aspas, como este casaco corta-vento com a palavra “água” estampada nas costas.
Princess Polly
Princess Polly, uma empresa de streetwear estabelecida localizada na Austrália, adotou uma abordagem única com a estratégia de marketing. Além de se tornar um item básico na rotina de compras dos clientes da geração Z, a marca de streetwear queria oferecer uma experiência contínua muito depois da primeira compra.
Alexandria Collis, diretora de operações da Princess Polly, diz: “estamos sempre buscando maneiras de criar menos pontos de pressão para os clientes. Tornar as devoluções difíceis não deve ser o objetivo. Na verdade, há uma oportunidade real de criar lealdade por meio da experiência de devolução”.
A primeira etapa foi a migração da Princess Polly do Magento para a Shopify. Eles então contrataram a ajuda do Loop, Parceiro de Tecnologia da Shopify, para obter insights mensuráveis sobre devoluções e permitir que os clientes trocassem itens em vez de solicitarem um reembolso.
O resultado? A Princess Polly viu uma redução de 55% nas taxas de falta de estoque com a nova função de troca instantânea.
Alexandria Collis acrescenta: “graças à Shopify e ao Loop, vimos uma enorme melhoria em nossa experiência de devolução, com os clientes nos dizendo em primeira mão que apreciam como é fácil. E isso não só melhora nossa lealdade do cliente; também gera um aumento significativo na receita”.
Brain Dead

Kyle Ng, fundador da marca de streetwear Brain Dead, está redefinindo a cultura do streetwear por meio de uma abordagem maximalista e focada na comunidade.
Kyle está construindo um estilo de vida expansivo em torno de interesses ecléticos, organizando festivais de música hardcore, administrando um cinema (Brain Dead Studios), organizando torneios de Magic: The Gathering e colaborando criativamente com figuras como Jeff Goldblum, Seth Rogen e Freddie Gibbs.
A Brain Dead também se expandiu, notavelmente revivendo designs de sapatos avant-garde da Oakley dos anos 1990. Kyle evita ativamente colaborações de marcas mainstream e previsíveis, optando por projetos impulsionados por interesses pessoais genuínos e subculturas de nicho, como hambúrgueres veganos ou produtos feitos por artesãos indígenas com os personagens familiares da franquia Meu Malvado Favorito.
Balenciaga
Em setembro de 2021, a marca de moda de luxo Balenciaga levou o marketing de moda a um novo nível ao se juntar ao Fortnite, um dos jogos de vídeo mais populares do mundo, com mais de um milhão de jogadores a qualquer momento.
A Balenciaga projetou roupas digitais, conhecidas como “skins”, que os jogadores podiam comprar na loja do jogo Fortnite. As skins foram inspiradas em roupas da vida real que incorporavam a estética de desenho animado do Fortnite. A campanha foi a primeira do tipo a mesclar experiências digitais e reais. Ela visou a base de usuários da geração Z do Fortnite e tornou a marca Balenciaga relevante e culturalmente significativa para uma nova geração.
Capture a atenção dos clientes de streetwear com essas estratégias de marketing
O streetwear é um ramo competitivo da indústria da moda. Marcas que se destacam não apenas vendem produtos. Elas criam comunidades em torno de produtos, vendendo o estilo de vida completo e o símbolo de status.
Use essas estratégias de marketing de streetwear para encontrar os clientes onde eles estão. Desde induzir escassez com lançamentos de produtos até experimentar o metaverso, faça tudo isso com a plataforma de e-commerce tudo-em-um do Shopify para escalonar lojas.
Perguntas frequentes sobre marketing para marcas de streetwear
Como posso promover minha marca de streetwear?
Você pode promover sua marca de streetwear lançando drops de produtos limitados, documentando seu processo de produção no TikTok, comprovando seu compromisso com a sustentabilidade, misturando experiências on-line e off-line e colaborando com criadores de streetwear.
Como uma marca de streetwear pode se destacar?
Para se destacar, uma marca de streetwear deve fazer parcerias com criadores de conteúdo, vender um estilo de vida em vez de apenas produtos, respaldar as alegações de sustentabilidade, aproveitar a nostalgia e usar o varejo de experiências para construir conexões mais profundas com os consumidores.
Quem compra mais streetwear?
A geração Z é a maior demografia para streetwear, representando 70% de todos os clientes. Geralmente, são profissionais que estão ativos nas redes sociais e têm renda disponível para gastar com moda.


